segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

TRAIL DE ST. IRIA – 1.ª EMPENO DO ANO… E QUE EMPENO!!!


O Trail de St. Iria, não estava nos meus objetivos, por vários motivos, um deles (o mais importante), era pelo simples facto de não estar em forma e de ter treinado muito pouco. Nunca se faz provas sem treinos, no fim não se fica bem! No meu caso, até acabei por terminar a prova em condições razoáveis, isto porque, consegui fazer uma gestão muito boa. Fui com o objetivo de desfrutar da paisagem, tirar umas fotos, e claro, por a conversa em dia com os meus colegas de provas, pois já há alguns meses não participava em nenhuma.


No entanto o convite do jornal O Praticante, motivou-me a aceitar o desafio, mesmo sabendo das minhas condições.

Estava um pouco nervoso, pois não sabia como me iria comportar.

O nervosismo passou no momento que chego à arena do Trail St. Iria, estava um ambiente de pura festa do trail. Foi o reencontro de pessoas “viciadas em trail”, cerca de 1300 estavam presentes… nem o frio fez com que ficassem em casa, (cerca de 3 ºC).

A organização, começou logo cedo a animar a malta, andou a fazer entrevistas pelos stands, com algumas perguntas aos atletas, foi uma forma de descompressão e de envolver todos os intervenientes neste evento.

O relógio bate as 9h00, tudo pronto para o arranque! Partida… para mais uma prova de superação! Os atletas, vão todos alegres, felizes, bem dispostos até ao km 7, a partir daqui tudo em silêncio, isto porque apareceu uma “parede”, e que parede!!! Um subida com uma inclinação brutal, se não tinha perto dos 35% de inclinação, faltava pouco!! A meio da subida, encontramos a Liliana, a Safety Runner, da Clinica do Merino, apesar da função dos Safety Runner’s ser auxiliar os atletas, ela fez mais do que isso… estava aos berros bem alegres, a incentivar tudo e todos naquela parede!! Que doida!!
Mas o pior estava para vir ao km 10, uma subida extremamente longa até às heólicas, muiiito longa!! Parecia que não tinha fim! Este percurso tinha uma paisagem simplesmente brutal, tinhamos vistas para o Rio Douro, para toda a cidade do Porto, e até conseguiamos avistar as heólicas da Serra de Montemuro! Fantástico este percurso!
No fim tinhamos uma pequena descida, o que não achei piada, porque a organização deixou intacto o trilho, ou seja, o arvoredo rasteiro impedia de progredir com corrida nesta descida, inclusive, para quem gosta de ter o equipamento intacto, foi muito cauteloso na descida. No meio do arvoredo existia lousa à superfície, o que tornava algo perigoso, porque não viamos onde elas estavam, mesmo tendo um elemento da organização a avisar do perigo.

A única situação que achei uma falta de responsabilidade da organização, foi na zona da cascata, no entanto o local é soberbo!

A descida para a cascata, mete algum respeito, pois estamos no limiar das nossas capacidades individuais e psicológicas. Esta descida é uma autentica ravina, uma falha na concentração, um pé em falso, uma quebra de tensão, vertigens ou uma pedra solta, vamos pela ravina abaixo e é morte na certa. Na minha opinião, a organização confiou que os atletas, podiam auxiliar-se agarrando-se aos arbustos,  mas não é o suficiente. Faltavam cordas de segurança!

Contudo a surpresa viria a aparecer a seguir, na subida da encosta da cascata, aqui sim, senti-me em perigo. Praticamente fiz escalada sem corda de segurança… meus senhores, se me dava uma câimbra ou uma quebra de tensão, não sei o que poderia acontecer! O local é fantástico e vale apena passar lá, mas não arrisquem tanto! Coloquem cordas!

A vossa prova é brutal, e não vale apena os riscos que correm, pois poderá ficar manchada, pela falta de uma corda!

O Trail de St. iria é uma prova, MUITO DURA! Trilhos muitos duros, muita pedra, alguns singles tracks, na maioria são estradões com vistas espetaculares! Existiam descidas muito técnicas quase impraticáveis com corrida, porque apresentavam-se com muita pedra e escorregadia.
A organização esteve muito bem, foram excepcionais! O voluntariado dos postos de abastecimentos, foram sempre muito atenciosos, preocupados em saber como estavamos! Uma nota muito positiva para toda a organização!
Deixo só uma nota menos boa e não é para a organização, mas sim para o Municipio de Gondomar.

Numa parte do percurso, cerca de 500 mts, deparamos com algum entulho, acho que sabendo que o percurso passa por ali, poderiam ter retirado o entulho! Pois 90% dos atletas vêm correr para apreciar a paisagem, e aquilo não fica bem na fotografia.

O trail de St. Iria, certamente que ganhou lugar no panorama nacional do trail, pois é uma prova que apresenta uma dureza muito boa para os quilómetros que tem, uma excelente treino para o incio da época!

Para 2016, certamente que estarei presente, mas em forma!


















terça-feira, 7 de outubro de 2014

O BESTANÇA | Caminhada dia 12 de Outubro


O Bestança é um rio português do concelho de Cinfães que nasce a 1229 metros de altitude em plena Serra de Montemuro. Tem uma extensão de cerca de 13,5 quilómetros e desagua em Porto Antigo, na margem esquerda de uma das melhores albufeiras do Douro, entre as freguesias de Oliveira do Douro e Cinfães.
O seu nome advém de “Bestias” que significa que corre naturalmente em zona de fauna e flora selvagem. Tem uma vegetação ribeirinha bem estruturada e águas límpidas que o tornam um dos rios com melhor qualidade ambiental.
Dado o elevado grau de conservação natural de todo o curso fluvial e como ecossistema sustentável de indiscutível importância, o rio Bestança foi integrado na Rede Natura 2000 e classificado como Biotopo Corine1 , assumindo uma importância ecológica nacional e internacional de exponencial valor.
Infopédia

Com esta breve descrição do Rio Bestança, deixo uma sugestão para o próximo fim de semana. Uma caminhada pelas margens do Rio Bestança com uma distância de 18 km. Este percurso foi criado para a prova do Ultra Douro-Paiva que teve lugar no dia 13 no passado mês de julho. É um percurso onde podemos observar algumas lagoas e moinhos.

Para mais detalhes consulte a página do facebook do Ultra Douro-Paiva ou, o link abaixo.











quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Review La Sportiva Bushido

Para mim, as sapatilhas La Sportiva Bushido foram a escolha certa!

Quando participei no Trail Camp do Armando Teixeira em Outubro de 2013, uma das coisas que aprendi com o Marco Martinho, sobre o material mais importante a escolher para provas trail, foi, um bom par de sapatilhas e uns bons calções!

Como tal, adquiri as La Sportiva Bushido. Esta sapatilha devido às suas características de aperto, não serve para qualquer fisionomia do pé. Pois este modelo, não deixa o pé mover-se para a frente – o que é ideal nas descidas –, devido ao design e estrutura reforçada na parte do peito do pé. O sistema de aperto é mesmo justo, mas surpreendemente confortável!

Têm muita aderência em superfícies molhadas e com lama. O pé fica extremamente confortável, e a nível de torções tem um excelente reforço na parte da planta do pé. Nas descidas, na Serra D’Arga, comportaram-se lindamente, nem uma unha pisada e nem bolhas!

Em relação à drenagem da água, simplesmente genial, senti no imediato o pé a ficar sem água!

Como já referi anteriormente o sistema de aperto dos cordões, e devido a esta situação, temos de ter em conta a este pormenor, por exemplo, eu calço o 42 e este modelo para mim tem de ser 43,5. O meu pé é fino, por isso quem tiver um pé mais "gordo" pode não se sentir confortável e ter de usar 4 números acima, o que terá uma contrapartida, a sapatilha ficará com mais espaço na ponta e poderá ser um problema. 

Sugiro sempre que experimente dois ou três pares de marcas diferentes.



O porquê de criar um novo blogue?


Pois é, muitos amigos e colegas devem questionar-se, porque razão criei este blogue.
É simples! Como pessoa, atleta, praticante de desporto e organizador de eventos desportivos, fui adquirindo algumas histórias para contar, através do contato com as pessoas que se interessam por desporto em geral. Esta é uma das formas de partilhar as boas e más experiências… talvez muita gente se reveja nestas palavras.


Mas antes demais, se repararem num pormenor, a minha introdução tem uma lógica "…como pessoa, atleta, praticante de desporto e organizador de eventos desportivos…", esta ordem de palavras, foi a evolução que tive ao longo destes anos. 

Mas também existe duas palavras distintas, atleta e praticante de desporto, qual é a diferença?

Na minha opinião, penso que muitas pessoas confundem estas duas palavras. Contudo para mim têm significados diferentes, ou seja, atleta é uma pessoa que se dedica quase todo o seu tempo a um determinado desporto, e que tem objetivos profissionais nesse sentido. 

Praticantes de desporto, é o meu caso nesta altura da minha vida, faço exercício físico apenas alguns dias por semana, e se tiver sorte, não falho nenhum dia (motivos profissionais ou pessoais). Por vezes estou uma ou mais semanas sem poder treinar… é isto a vida! :-)

Mas já fui atleta? 
Sim, já! Dos 11 aos 23 anos, pratiquei atletismo, futebol e fui árbitro de futsal. Árbitro é desporto?  Claro que sim! Vejamos, um árbitro tem de correr, tem de prestar provas físicas, chega a ter mais de 8 jogos por fim de semana! Não tem que treinar? Obviamente que sim! E no meu caso tinha mesmo, porque estava no ultimo escalão para poder integrar os quadros nacionais e lá a Federação não perdoa! Não consegui, infelizmente, outros valores sobrepõem por vezes aos nossos princípios da vida! 

Dos 15 aos 21 anos, dediquei-me ao futebol e tinha como objectivo a área de desporto no Ens. Secundário (não correu muito bem nas outras disciplinas). Em paralelo estava como árbitro de futsal. Depois dos jogos de futsal, ainda tinha o meu jogo como atleta, mais 90 minutos de futebol! Sim jogava, era títular! :-P Isto é que era uma porrada de treinos nesta altura!!



Aos 22 anos integrei-me no mercado de trabalho, onde reduzi para 60% a minha actividade física e a partir daqui tornei-me praticante de desporto! Penso que é o ciclo normal de qualquer pessoa.

Enfim, fica aqui um pequeno resumo do Meu Mundo Desportivo!



terça-feira, 30 de setembro de 2014

O que aprendi no GTSA 2014?!

De facto é com base na aprendizagem de anos na prática de desporto e no feedback de atletas e treinadores experientes que seguimos, que nas alturas de agir e de tomar decisões no imediato, sabemos reagir ao problema! É fundamental a experiência deles! É importante ter sempre uma base!

Não basta simplesmente um dia acordar e pensar, "é hoje que vou comprar umas sapatilhas e começar a correr!" ou melhor, "daqui a 15 dias, vai haver uma prova de 30 km, e a partir de hoje vou começar a treinar todos os dias para ir fazê-la!". Certamente que vai dar asneira, até pode acabar a prova, mas com certeza que não vai acabar nas melhores condições físicas e mentais. Já imaginaram uma pessoa sedentária de 90 kgs a começar a correr? Vai doer!! Na maioria das vezes é isto que acontece!

Sempre que iniciamos algum desporto e estipulamos algum objetivo, temos de ter noção da nossa condição física actual! Não comecem a fazer desporto "à maluco"!Por isso aconselho sempre aos meus amigos, para pedirem que lhes façam um plano de treinos e que essa pessoa seja licenciado/a no desporto, analisem a dieta que fazem e tentem obter um relógio que meça a frequência cardíaca.

No GTSA, reaprendi, (eu já sei isto tudo de cor e salteado), simplesmente arrisquei, mas sempre no pensamento como estava fisicamente.

Não podemos simplesmente arriscar a nossa saúde, principalmente naquilo que mais gostamos de fazer. Caso contrário colocamos tudo em risco, ao ponto de deixar de fazer o que mais gostamos, durante muito tempo ou até para sempre. É bom analizar sempre o que aconteceu, e se tivermos a capacidade de ver onde erramos e enfrentar o erro, conseguimos dar a volta muito rápido, mas sempre com critérios rigorosos e se possível com profissionais. Por isso aconselho sempre, treinar com regularidade de forma crescente! Temos dúvidas? Há alguém que conhecemos mais experiente do que nós e certamente eles ajudam-nos! Pois passaram por lá também!

Em conclusão, temos que preparar-nos com bastante antecedência para os nosso objectivos!



ULTRA DOURO-PAIVA


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

GTSA 2014! A desistência mais dolorosa! A cabeça é que manda no corpo!!!


Pois é, não é só aos outros que acontece! Infelizmente passei pelo mesmo.

Antes da partida sentia-me muito bem, confiante, ansioso, mas sempre com o mesmo pensamento, que provavelmente foi o que me tramou, a falta de preparação fisica! Estava consciente que era uma prova muito difícil, principalmente sendo a minha 1.ª ultra deste ano! 

Não sabia como o meu corpo ia comportar-se. Mas tinha uma estratégia devido às circunstâncias! Fazer um treino a um ritmo calmo e desfrutar destas paisagens!

E foi assim que iniciei a prova, ao lado dos meus amigos Bruno Silva, Sonia, Leandro, Manuel. Pensava que ir no ritmo deles ia aguentar a prova, mas não, após a 1.ª subida, reparei que eles ficaram para trás, ainda esperei, mas não consegui estar alguns minutos à espera. Não é esse o meu comportamento em provas. Está no meu sangue o espírito competitivo!

Então comecei a descer por lá fora, a uma velocidade relativamente normal, tendo sempre no pensamento que não podia "voar" nas descidas, tinha que poupar-me no esforço, e lá parava de vez em quando! A prova estava a correr muito bem tinha feito em 1:50 horas 18 km, mas a partir daqui, é que começou a batalha!

O primeiro sintoma, foi logo a má disposição. Senti o meu estômago duro, o que me limitou a mobilidade. Fiquei limitado fisicamente! Devido a este desconforto, já vinha a andar há alguns km’s a um baixo ritmo, foi a partir daqui que a minha cabeça começou a entrar em modo de "autodestruição"! Parecia que tinha um diabinho e um anjinho em cada ombro. Ora um dizia-me vai com calma, recupera e chegas ao fim, o outro, dizia, já foste, apanha já o próximo carro de apoio, desiste! Não treinas, depois queres pernas! Anda, é bem feito! 

Enfim... foi uma constante luta até ao km 30. Aqui encontrei o Pedro Luis, suponho que tenha sido ele, (pelas fotos do facebook é díficil reconher as pessoas). Ele ainda ajudou a aumentar a minha confiança, mas já tinha decidido ao km 25 que ia desistir nos 35, era o melhor que tinha a fazer! 

Podia fazer os 52 km, mas certamente era para chegar ao fim em muito mau estado e de certeza a precisar de ajuda médica. Preferi acabar nos 35 km, consciente, e sobretudo a pensar que tinha de trabalhar muito, com rigor e disciplina para voltar aos Ultras!!!  

E digo-vos uma coisa, e isto é para a Anabela do blog Run baby Run, quando batemos no fundo psicológicamente dá para chorar!!! Pensamos em tudo o que nos rodeia, principalmente nas pessoas que nos apoiam! Estive quase, quase para lá do limite racional!! Neste limite é que temos de ter o discernimento e resolver a situação! Há mais provas pela frente! Anabela, percebi a tua desilusão , nestes momentos vem tudo ao de cima, pois ficamos muito vulneráveis! Mas, homem que é homem não chora!! Pois dá muita vontade! :-P

Agora, falando da prova GTSA 2014, ambiente, sensacional, acolhedor e emblemático. Excelente organização e coordenação. Os atletas contribuíram ao apelo que a organização fez nos seus meios de comunicação. 

Partida!!!!!!! Excelente, com direito a morteiros, nunca vi uma "cauda" numa prova de trail, cheia de cor e os atletas todos aos saltinhos. Foi uma perspectiva de quem estava para o fim do pelotão.
Lá iamos nós, todos contentes, a rir, a falar, a ouvir histórias dos colegas, mas, tudo acabou com a primeira subida… silêncio absoluto. Por vezes lá se ouvia um murmúrio "… fods, isto sobe de car…!!! Eu é k sou maluco!!" Rui Pinho, não trouxeste as bananas! :-D

Sensacional foi a equipa de voluntarios, que andavam de posto em posto, com uma campainha, faziam barulho que pareciam que estavam cerca de 100 pessoas naquela zona! Foram sensacionais, porque tiveram um papel importante, davam muita motivação aos atletas e faziam daquilo uma festa!

Nos postos de abastecimento, a sua composição estava mais do que suficiente para 2000 atletas! Pão, bolicau, batatas fritas, coca-cola, laranjas, isotónico, aletria, frutos secos, barras energéticas, água, bolos e caldo verde na meta dos 35 km’s! Obviamente que estas variedades não estavam em todos os postos de abastecimento. Havia postos só com água, um deles era no fim da subida da Sr.ª do Minho! Que brutalidade de subida!

Normalmente, as reviews só falam do organizador e da prova em geral, pois, vou falar do que vi sobre as entidades envolvidas na organização do GTSA 2014. A coordenação de transporte dos atletas que fizeram os 35 km’s, a sinalização dos desvios e cortes de trânsito – GNR, a logística de varrimento e separação dos atletas e visitantes, o acesso aos balneários, as infra-estruturas no local da meta em Dem, foi excelente! 

A coordenação e apoio das câmaras de Caminha, Viana do Castelo e Ponte de Lima, estivem no seu melhor nível! 

Muitos parabéns a todos!



GTSA 2014

GTSA 2014

GTSA 2014

GTSA 2014

GTSA 2014



Até à proxima!

André Oliveira